terça-feira, 18 de outubro de 2011

Homens desaparecem de Tabira (PE) após receber proposta de trabalho


Três homens de famílias diferentes, moradores de Tabira, no Sertão de Pernambuco, desapareceram após receber propostas para trabalhar no estado de Sergipe. As famílias deles - que têm 29, 27 e 24 anos - tentaram denunciar o caso na delegacia da cidade onde vivem, mas não conseguiram. Foram informadas de que o boletim de ocorrência só poderia ser feito no estado de Sergipe, onde o desaparecimento ocorreu.
O caso está sendo investigado em Carmópolis, a 47 km de Aracaju. A Polícia Civil de Pernambuco está mantendo contato com o delegado responsável pelo caso. “Em Carmópolis, ele [o caso] tende a ser investigado como desaparecimento. Não tem nenhuma prova robusta nem específica de que tenha ocorrido, seja um homicídio, seja qualquer outro tipo de crime”, explica, em Tabira, o delegado Ubiratan Rocha.

A coordenadora das Delegacias do Interior de Sergipe, Viviane Pessoa, explicou somo será feito o trabalho de investigação no estado: “Nós colocamos uma equipe para fazer as buscas, os levantamentos, já escalamos um delegado para cuidar do caso e as investigações já foram iniciadas”.
O primeiro caso ocorreu há quase um ano. No dia 1º de novembro de 2010, a mãe de um dos desaparecidos o viu saindo de casa para trabalhar em Sergipe. “Fizeram busca, procuraram até de noite. Na quarta feira meu esposo viajou pra lá com minha irmã, passaram uns dias procurarando lá e nada, notícia nenhuma”, relata.
O segundo homem desapareceu no dia 3 de outubro deste ano. Ele havia sido chamado para trabalhar em um grupo de vendedores de quadros em cidades do interior de Sergipe. “Eu só digo que meu filho está vivo, está preso em algum canto. Queria que ele viesse pra casa”, lamenta a mãe do rapaz.
A família do terceiro rapaz desaparecido tenta obter notícias dele. Uma prima dele apurou que eles teriam ido para Sergipe, para uma cidade chamada Capelinha e depois teriam sido soltos no povoado de Aguado. De acordo com ela, o rapaz foi procurado por toda parte, chegou a ser visto por testemunhas, mas ninguém soube dizer onde ele estaria. Já a irmã dele tem esperança de encontrá-lo vivo. “Se alguém está com ele preso, solte porque minha mãe está só chorando. A gente não tem mais o que fazer”, lamenta.

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